A Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás) emitiu nota nesta segunda-feira (5), esclarecendo o reajuste trimestral de cerca de 38% (molécula + transporte) concedido pela Petrobras a partir de 1º de maio. Em nota a Abegás esclarece que:

 

As distribuidoras estaduais não comercializam gás natural e os aumentos dados pela Petrobras serão repassados para o consumidor sem que as distribuidoras tenham qualquer ganho decorrente desse aumento. Os ganhos das distribuidoras são regulados e definidos pelas agências reguladoras por meio da fixação das margens de distribuição. Os aumentos no preço do gás natural não trazem benefícios para as distribuidoras, ao contrário, acabam tirando competitividade do gás natural em relação a outras fontes de energia como a gasolina, óleo combustível, GLP e eletricidade.

 

A Abegás entende o desconforto dos consumidores com aumentos significativos como o que vai ocorrer em maio. Para combater esse tipo de situação defende uma maior concorrência na oferta de gás e maiores investimentos no segmento de transporte e em toda a infraestrutura do gás. Para aumentar a oferta, a Abegás tem defendido um incentivo ao maior consumo do gás natural de origem nacional. Hoje são reinjetados mais de 50 milhões de m3 de gás natural nacional, que poderiam estar chegando ao mercado consumidor reduzindo os preços.

 

Ainda na nota, a Abegás destaca que a  sociedade precisa ter conhecimento e que no valor da tarifa final paga pelo consumidor, o peso maior é o da molécula do gás vendida pela Petrobras, que somado a parte do transportador de gás natural equivalem, em média, a 59% do total pago pelo consumidor na conta de gás canalizado. Os tributos federais e estaduais representam 24% do total pago pelo consumidor final. As distribuidoras de gás canalizado ficam com 17% e com esse percentual realizam a manutenção dos ativos, os investimentos em expansão de rede e se remuneram pela prestação dos serviços de distribuição de gás natural encanado.

*Abegás | Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado*