Final de hackathons encerra III Seminário de Transformação Digital
No último dia do III Seminário de Transformação Digital foi marcado pela final de dois hackathons que aconteceram durante o evento. As equipes vencedoras receberam prêmios em dinheiro que chegaram a R$ 10 mil mais a incubação na Fundação Parque Tecnológico Horizontes de Inovação. O evento, realizado pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia, Inovação e Ensino Superior (Secties) e Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) aconteceu durante os últimos dias 21, 22 e 23 de fevereiro, no Intermares Hall, em Cabedelo.
Foram promovidos dois hackathons: o de Transformação Digital, realizado pela Secties, que contou com a participação de 31 alunos, formando sete equipes, e o hackathon Soluções Digitais para a Cultura, promovido pela Secretaria de Estado da Cultura (Secult), com seis equipes, totalizando 30 participantes. Cada um deles propôs problemas, na qual os participantes criaram soluções inovadoras e que utilizem tecnologias como aplicativos web, mobile e hardware, entre outros.
A premiação de R$ 10 mil foi dividida entre os dois hackathons, com R$ 5 mil em prêmios para cada. As equipes vencedoras receberam o prêmio de R$ 3 mil e uma incubação no Parque Tecnológico Horizontes de Inovação; o segundo lugar recebeu R$ 2 mil e uma incubação no Parque Tecnológico Horizontes de Inovação; e o terceiro lugar ganhou uma incubação no Parque Tecnológico Horizontes de Inovação.
Entre as principais discussões que marcaram o Seminário está o enfrentamento das fake news, segurança de informações, inteligência artificial, transformação digital na administração pública e as relações entre cultura e tecnologia. Cinco oficinas e seis minicursos, além do Espaço Mulher e Tecnologia e o Showcase também agitaram a programação.
O Seminário também contou com o patrocínio do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br); Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br); Fundação de Apoio à Pesquisa da Paraíba (Fapesq) e pelas empresas Huawei Technologies Co. Ltd.; Dahua Technology; PBGÁS – Companhia Paraibana de Gás; Sicredi e Minsait an Indra Company e a parceria da Secretaria de Estado da Cultura (Secult).
O secretário de Estado da Ciência, Tecnologia, Inovação e Ensino Superior, Claudio Furtado, comentou que o grande legado do Seminário foi levar temas importantes e muitas vezes pouco discutidos para a população, promovendo inclusão social. “O seminário atingiu o objetivo de mostrar as pessoas que o acompanharam uma discussão que às vezes não é dada a devida importância, que impactam o dia a dia de todos, a exemplo da fake news, deep fake, inteligência artificial, e a transformação digital de uma forma geral. Inclusive algo que ficou muito claro em algumas palestras é que você não pode não pensar na inclusão digital sem incluir a vertente da inclusão social, ou seja, as pessoas têm esse direito de estarem conectadas, assim como também têm direito a acesso à alimentação, à educação e à saúde”.
O secretário de Estado da Justiça de Portugal, Pedro Tavares, palestrou sobre o tema ‘Transformação digital a serviço da justiça”, durante o terceiro dia do evento, e comentou sobre a integração entre a Paraíba e o Portugal que vem sendo realizada por meio do Seminário e como isso contribui com o crescimento digital no Estado. “Acontece muitíssimo porque nós temos que aprender uns com os outros, com o fazemos bem e com os erros. Porque todos erramos e o erro faz parte, temos que ser rápidos em errar e corrigir. Então é importante esse tipo de seminário porque nos ajuda a perceber o que os outros estados ou países estão a fazer, para fazermos melhor e acrescentar mais um bocadinho de valor”.
A professora IME/USP, especialista em Aprendizagem de Máquina e Inteligência Artificial, Nina Hirata, também palestrou durante o terceiro dia e falou sobre “Inteligência Artificial como Ferramenta de Transformação Digital”.
Na opinião da professora, é importante que os usuários da Inteligência Artificial entendam os fundamentos que fazem com que ela exista e o seminário promoveu esse tipo de informação. “Eu acho que os fundamentos que estão por trás da IA, eles ficam muito restritos a academia e empresas que fazem pesquisa, mas a grande maioria das pessoas é consumidor de produtos que são gerados pela Inteligência Artificial ou coisas que já estão prontas na prateleira para serem usados. O problema de as pessoas não saberem o que são essas ferramentas é fazer mau uso ou achar que é um milagre. Então eu imagino que é interessante a pessoa conhecer e saber como utilizar corretamente, entendendo também quais são os perigos, o que a IA consegue fazer? O que você pode confiar dela? e que cuidados você precisa ter para também não aceitar tudo que vem da máquina”.
O último dia do seminário também contou com as palestras de Alexandre Nilo Fonseca, presidente da Associação da Economia Digital em Portugal- ACEPI , presidente e fundador do Movimento pela Utilização Digital Ativa – MUDA, com o tema: “mudança pela utilização digital ativa”; e Tanara Laushener, subsecretária de Ciência e Tecnologia para a Amazônia do MCTI, que falou sobre o tema “Pensar educação do agora e do futuro”.
Hackathons vencedores
Os vencedores da hackathon de Transformação Digital, realizada pela Secties, foi a Demog. Eles são alunos dos cursos de Sistemas para Internet e Ciências da Computação pelo IFPB e desenvolveram o PBGásHab, um aplicativo com os serviços unificados que a empresa oferece para os seus clientes. “A gente tem o apoio da Lena que é nossa assistente virtual. Então ela também consegue conversar com os clientes e oferecer os serviços mais fáceis para eles. No nosso ramo de serviço eles vão conseguir achar a segunda via de fatura, alguma emergência que tiverem, e eles também conseguem relatar vazamento de gás pelo aplicativo. Então a gente utilizou a inteligência artificial e uniu todos os rankings de serviços do PBGás no mesmo lugar”, comentou Samuel de Morais, representante da equipe.
Ele comentou, ainda, que foram três dias intensos para desenvolver o projeto. “Foi muito trabalho por três dias, mas a gente vê a consequência agora que foi ficar em primeiro lugar”, completou. Além disso, o hackathon também premiou a equipe Método Ágil, que ficou na segunda colocação; e a Brainstorm, a terceira colocada.
Já na hackathon Soluções Digitais para a Cultura, promovida pela Secult, os vencedores foram os integrantes da equipe Thundercats. Eles desenvolveram um projeto que tem o objetivo de revolucionar a forma como o Governo recebe cadastros de cidadãos comuns e empresas. “Nós promovemos uma interface mais simples para o usuário básico de internet podem usar tranquilamente e otimizando algumas questões de envio de cadastro como a coleta desses dados e a separação de dados específicos para facilitar o trabalho dos gestores”, disse o representante da equipe, Matheus Cardoso, estudante de Análises de Desenvolvimento de Sistemas.
Além disso, o hackathon da cultura também premiou a equipe ArtePB, que ficou na segunda colocação; e a Loop Infinito, a terceira colocada. No fim do evento aconteceram sorteios com prêmios a exemplo de viagens, uma televisão, fones de ouvido sem fio e relógios inteligentes.