O papel do gás natural na transição energética sobre o viés regulatório e da infraestrutura foi debatido no I Energy Talk, realizado na UNEPASA (Universidade das Centrais Elétricas da Paraíba). O evento foi promovido pela EPASA com apoio da OAB/PB e da consultoria Bussiness Impact Office.
O diretor geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), André Pepitone, falou sobre regulação e as termelétricas a gás natural. Ele destacou que 83% da matriz energética no Brasil é formada pelas energias renováveis e que as perspectivas são de ampliação do uso do gás natural com a adesão das termoelétricas e o equacionamento das questões regulatórias que impactam nos segmentos de transporte e distribuição. “É por isso que o gás natural é combustível da transição energética do Brasil e tem vantagens como o valor da molécula mais baixo que outros combustíveis líquidos e por emitir menos poluentes”.
Em seguida, o gerente de mercado Industrial e Automotivo da PBGÁS, Alairson Gonçalves Filho, apresentou a infraestrutura do gás natural na Paraíba que abrange 331 km de redes de gasodutos em 19 municípios paraibanos. Alairson falou da expansão do gás canalizado para o setor industrial destacando o diálogo com a Federação das Indústrias e outras entidades, já que mais de 60% do volume do gás distribuído no estado é para atender o setor.
Alairson informou que a PBGÁS já atende a Epasa para funcionamento das caldeiras e a companhia está em tratativas junto ao cenário nacional prospectando um supridor de gás que garanta o fornecimento para toda a usina. “Hoje a PBGÁS fornece em média 250 mil metros cúbicos dia e a Epasa tem uma demanda de consumo de 1,8 milhão m3 por dia. Sabemos da importância desse projeto para o Estado, para a Epasa e para os cidadãos”, completou
O diretor Técnico e Comercial da PBGÁS, Paulo Campos, afirmou que está muito satisfeito com a participação da PBGÁS neste evento, destacando a importância da Companhia participar dos debates em torno das mudanças regulatórias que impactam o negócio de Distribuição de gás natural canalizado e interagir com seus clientes e agentes de mercado.
O diretor presidente da Epasa, José Ferreira Abdal, disse que utilização do gás natural nas usinas termoelétricas é um caminho sem volta. “Após a chegada da rede de gás natural na nossa porta já conectamos as nossas caldeiras ao gás natural e estamos desenvolvendo projeto piloto para que, ainda este ano, possamos ligar o primeiro motor e ampliarmos o consumo do gás”.
No mês de fevereiro de 2019, a PBGÁS conectou as caldeiras da EPASA ao gás natural canalizado e a usina desenvolve projeto de ampliação do uso do energético para seus motores, o que irá melhorar o processo produtivo, gerar economia e reduzir a emissão de poluentes no meio ambiente.