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A coleção Labirintos do Agreste com roupas e acessórios assinadas pelas mestras labirinteiras paraibanas e designers de moda foi apresentada na noite desta quinta-feira (28), durante o Salão do Artesanato da Paraíba. A programação também contou com palestra do designer de moda Ângelo Rafael sobre a história e as técnicas do labirinto e a apresentação da coleção de labirinto pelas designers Gabriela Maroja, Larissa Uchôa e Lucyana Azevedo, da Livre Escola Criativa.

Durante o evento foram homenageadas as labirinteiras Dona Dida, de Serra Rajada; Dona Terezinha, de Chã dos Pereira; Dona Toinha (in memoriam), de Juarez Távora; Dona Antônia, do Quilombo Pedra D’água; Dona Marta, do distrito de Pontina, representadas por Dona Rita. As artesãs estão expondo produtos de casa, roupas e acessórios no hall de entrada do Salão de Artesanato.

A mestra Dona Dida, que herdou de sua mãe a arte de fazer o labirinto, disse que trabalhava na perspectiva de ganhar dinheiro para o sustento da família e repassou a arte para as filhas. Ela destacou a importância do Governo do Estado e a PBGás apoiarem essa arte manual para que uma cultura importante para a Paraíba e para a região do Agreste não morra. “É por isso que passamos essa arte de mãe para filha para que seja perpetuada e isso só será possível com apoio das instituições e a força de vontade das labirinteiras”, destacou.

A diretora-presidente da PBGás, Tatiana Domiciano, destacou que a companhia exerce o seu compromisso social de contribuir para a preservação de uma tradição cultural marcante para a Paraíba e de apoio às labirinteiras do Agreste paraibano, dentro do que prevê a sua Política de Cidadania Corporativa. “As ações sustentáveis e de apoio às boas ideias fazem parte da missão da companhia nesta linda coleção de moda que utilizou tecidos naturais como a cambraia de algodão, o linho e o linhão agregando valor às peças produzidas pelas labirinteiras”, comentou.

De acordo com a designer de moda Gabriela Maroja, as peças em bordados labirinto sempre foram direcionadas a artigos de casas e com o olhar do design foram trabalhados para se transformarem em belas roupas e acessórios como colares, broches, botões numa perfeita sinergia para o futuro da moda sustentável. “É uma forma de resgatar o valor de uma tradição que andava meio esquecida, inserindo as labirinteiras no mercado e incrementando a sua renda”, explicou Gabriela.

A designer de moda Larissa Uchôa explicou que a coleção une moda e artesanato em peças contemporâneas e com forte identidade regional. “A coleção surge da interseção do olhar do design com a tradicional técnica do labirinto, executada com maestria pelas artesãs labirinteiras da região do agreste com a consultoria de designers de moda que adaptaram as peças em labirinto com técnicas como tingimento natural na perspectiva da moda e do mercado. Foi um trabalho rico em que podemos aprender com as artesãs e também ensinarmos técnicas que agregam valor a suas peças”, destacou.

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